Ouve-se uma sirene, é o despertador do celular de Renato que toca. Cabelo bagunçado, sem camisa, uma cueca samba-canção meio caído na cintura e um lençol amaçado cobrindo-lhe apenas uma das pernas. É assim que Renato acorda. O seu quarto está uma bagunça, mas isso não é novidade para ele. Cadernos de desenho, mochila escolar, vários lápis, lapiseiras e canetas espalhados pelo chão e pela mesa. Ele se levanta ainda meio adormecido. A luz matinal invade o quarto escuro por uma fresta, atingindo a face dele.
Ele olha em volta. vê que está tudo diferente como estava antes. "Não acredito que foi tudo um sonho". Ele se levanta. Os pés descalços dão tapas leves no chão gelado. Passando ao lado da mesa, pega sua escova de dentes que estava sobre um desenho. Era Esdras.
O som do atrito do metal com metal ao abrir a torneira é estridente. A água é gelada, porém, ele não se importa. Assim que começa a escovar os dentes, abre a torneira do chuveiro, a água nem quente nem fria vai caindo no chão e respingando em sua perna. Ele cospe na pia, se despe e entra no banho.
Em um dado momento do banho, ele para o que estava fazendo e, olhando pro chão, reflete sobre o sonho. "Os gnomos, as batalhas, os diálogos... Tudo isso para o que?".
Meia hora depois, pronto para ir ao colégio, passa pela cozinha, pega um saco de pães-de-queijo e sai.
No ônibus já, ele, olhando pela janela, imagina tudo o que passou no sonho novamente.
"Isso é normal para os humanos?" Perguntou Esdras.
"Não. Poucos são como eu. Você, por exemplo, só existe na minha cabeça. Para os outros, você não é real, só é fruto da minha imaginação. Para mim, estou conversando com você normal, mas para quem me olha, apenas me vê olhando para o nada pela janela. Isso sim é comum entre nós: Desligar-se do mundo por instantes. A diferença é que isso já se tornou um vício para mim".
"Entendo..."
Ele olha em volta. vê que está tudo diferente como estava antes. "Não acredito que foi tudo um sonho". Ele se levanta. Os pés descalços dão tapas leves no chão gelado. Passando ao lado da mesa, pega sua escova de dentes que estava sobre um desenho. Era Esdras.
O som do atrito do metal com metal ao abrir a torneira é estridente. A água é gelada, porém, ele não se importa. Assim que começa a escovar os dentes, abre a torneira do chuveiro, a água nem quente nem fria vai caindo no chão e respingando em sua perna. Ele cospe na pia, se despe e entra no banho.
Em um dado momento do banho, ele para o que estava fazendo e, olhando pro chão, reflete sobre o sonho. "Os gnomos, as batalhas, os diálogos... Tudo isso para o que?".
Meia hora depois, pronto para ir ao colégio, passa pela cozinha, pega um saco de pães-de-queijo e sai.
No ônibus já, ele, olhando pela janela, imagina tudo o que passou no sonho novamente.
"Isso é normal para os humanos?" Perguntou Esdras.
"Não. Poucos são como eu. Você, por exemplo, só existe na minha cabeça. Para os outros, você não é real, só é fruto da minha imaginação. Para mim, estou conversando com você normal, mas para quem me olha, apenas me vê olhando para o nada pela janela. Isso sim é comum entre nós: Desligar-se do mundo por instantes. A diferença é que isso já se tornou um vício para mim".
"Entendo..."