A noite, por volta das 21h, Renato decide ligar para Leila. Triste, com lágrimas em seu rosto e deitado na cama ele liga para ela. Após algum tempo chamando, ela atende. "Oi amor. Desculpa não ter ido hoje, eu saí com a minha tia para ver uns vestidos e não consegui te avisar".
Ele apenas fecha os olhos. As palavras dela entram na sua cabeça não como mentiras, nem sequer como verdades, são apenas palavras. "Eu compreendo. Não se preocupe. E então, chegou a comprar algum?"
"Não, fomos só pesquisar preços e ver se gostamos de algum".
"E gostaram?"
"Eu gostei de um azul. Era lindo. Acho que você iria adorar. Ele é aberto atrás, sem manga e tem algum brilho na parte debaixo. Sem contar que ele tem um corpete nele".
"Você iria ficar linda nele" diz ele sorrindo. Provavelmente imaginando Leila com tal vestido.
Após alguns minutos de conversa, eles decidem desligar. Desejam cada um para o outro uma boa noite e desligam. Renato solta um suspiro. "Sabe, Esdras, apesar de tudo, eu ainda estou com um mal pressentimento. Mas não sinto vontade de chorar como ontem. Bem, vou tentar dormir um pouco. Amanhã conversamos, tudo bem? Boa noite, Esdras".
"Boa noite, Renato".
Na manhã seguinte, Renato acorda cedo, por volta das oito horas da manhã. Meio sonolento ainda, pega o se celular e já manda uma mensagem para Leila. "Bom dia, amor. Quando acordar, me chama".
O dia passou e nada. Nem sinal dela. Renato viveu o seu dia normalmente. Ele se deitou e, antes de cair no sono, mandou uma última mensagem para ela. "Boa noite querida. Durma bem".
Mas algo de diferente aconteceu. Renato acordou no meio da madrugada. Eram 3 horas da manhã. Olhou em volta. Estava tudo escuro. Pegou o seu celular para ver as horas. Antes de coloca-lo de lado, o celular apita, sinalizando que uma nova mensagem havia chegado. Era dela. Leila havia mandado uma mensagem as 3 horas da manhã. O coração acelerou, as mãos gélidas tremiam. Sua boca secou.
Ele abriu a mensagem para lê-la.