sábado, 9 de junho de 2012

7 - Destino


  Esdras, Leila e Renato, ao terminarem de comer, preparam-se para seguir viagem. "Vamos logo" disse Esdras, "temos um longo caminho pela frente". Ao levantar-se calmamente, Renato, com uma voz suave, questiona do destino. E como resposta Estras diz que eles irão encontrar suas irmãs.
  "Sim, eu tenho irmãs. Três para ser mais exato. Vocês já devem ter ouvido falar delas por mitos ou contos. São elas quem destina todos os seres, fazem todas as possibilidades de destino para cada um. Não sei muito, pois é muito difícil, quase impossível de falar com elas. Nem mesmo eu consegui. Já tentei mas não fui bem sucedido na minha tentativa."
  "E são elas suas chefes?" perguntou Renato ao seu amigo. "Digo, são elas que mandam vocês para que cumpram os nossos destinos?"
  "De certa forma, sim. Elas nos mandam cartas com o nome ou os nomes das pessoas, os possíveis destinos e, sublinhado, a que elas acham que será melhor. Até hoje nunca escolheram errado. de cara, parece que foi ruim, mas depois de uns dias, semanas ou até mesmo anos, vemos que foi o melhor mesmo."
  O pasto verdejante se move com o vento dando a impressão de estarem andando sobre o mar. As árvores, poucas mas com copas abundantes, se movem com o vento vindo do oeste. Uma brisa suave suavizando o calor do lugar. o silêncio calmante domina o lugar. Ouve-se apenas alguns sons de animais de fazenda e insetos, mas mesmo assim, baixo. O sol está bem no horizonte, um pouco acima da copa das árvores. É cedo ainda, deve ser por volta de nove horas da manhã ainda.
  "Sabe onde estamos?" Perguntou Leila torcendo uma resposta de qualquer um dos dois. "Devemos estar em Águas de Lindoia ainda, não fomos muito longe, só corremos em direção pro mato mesmo. Devemos estar numa fazenda". E veio um silêncio da parte de Renato após responder.
  Poucos metros a frente, Leila, saltitando, avista uma casa, um seleiro talvez. A felicidade dela é contagiante. Um sorrio tímido aparece no rosto suado de Renato, o que é puxado pelo braço por ela para irem até o local. Porém, Estras, desconfiante, segura-o pelo braço, puxando junto Leila. Os sorrisos somem dos rostos.
  "Tem alguma coisa de errado aqui" disse o "anjo da guarda", "Muito errado mesmo" e uma pausa. Um suspense no ar. " Está muito quieto aqui" uns segundos de silencio. Esdras sussurra "Quieto demais. Fiquem aqui"

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